PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO  2013- 2017

 

2. APRESENTAÇÃO

 

O documento PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO (PPP) - PROJEÇÃO, apresentado a seguir, foi elaborado pelos colaboradores do Projeção e representação da diretoria da Associação Beneficente das Senhoras de Entre Rios - ABSER durante o segundo semestre de 2012. Inúmeras reuniões, discussões e reflexões ocorreram neste período. Este documento deverá sustentar os planos e as decisões a serem tomadas e efetivadas ao longo dos próximos cinco anos (2013-2017).

Para que uma instituição possa se movimentar e assim alcançar seus objetivos é fundamental que o processo de planejamento, monitoramento e avaliação envolva o coletivo. E no sentar e pensar juntos, encontramos pontos de encontro e de desencontro e nos fortalecemos enquanto sujeitos para a caminhada. Um Projeto Político Pedagógico para o PROJEÇÃO significa a direção que queremos tomar, o fortalecimento da aliança estabelecida entre pessoas e instituição na produção de ações voltadas para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Acreditamos que através do PPP é possível desencadearmos processos de mudança, mudanças que perpassam o PROJEÇÃO como instituição, os adolescentes, crianças e famílias e nós mesmos como seres humanos. Acreditamos que estamos neste mundo para sermos melhores a cada dia.    

Através do projeto assumimos enquanto instituição e pessoas nossa incompletude e declaramos nossa dependência de outras pessoas, outras instituições, outros sujeitos.

 

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DIFERENTES CONTEXTOS.

3.1 CONTEXTO LOCAL

 

O município de Guarapuava está entre os maiores do Estado do Paraná em extensão territorial, tendo 3.116,31 km2 de área. O município de Guarapuava situa-se na região mais alta e mais fria do estado do Paraná e sua principal atividade econômica é a produção agrícola, especialmente de grãos como milho, soja, trigo e cevada.

A população de Guarapuava é constituída por várias etnias, dentre as quais merecem destaque os descendentes de Guaranis que habitavam a região, os descendentes de imigrantes alemães suábios, portugueses, poloneses, ucranianos, italianos e libaneses, bem como afrodescendentes, quilombolas e remanescentes de comunidades de tropeiros.

Várias são as etnias dos quais os atendidos descendem, como de quilombolas, de indígenas, negros e brancos. Portanto, os atendidos são resultado de uma grande miscigenação, não podendo ser caracterizados por uma única etnia. Uma característica comum dos atendidos e de suas famílias é a falta de sentimento de pertença, seja com relação à cultura local predominante ou mesmo com relação à comunidade de forma geral. Isso revela também dificuldades de entendimento da realidade social local por parte dos atendidos e por parte dos que prestam o atendimento.   

As crianças, adolescentes e famílias atendidas pela entidade são das localidades: Assentamento Nova Geração, Comunidade Quilombola Paiol de Telha, Vila São José, Vila Adegail, Vila Leal, Vila Machado, Vila Lemler, Vila Werner, Vila Nova Esperança, Vila Luiza, Jardim Europa, Jardim América, Reflorestamento, Pinhãozinho, Vila Boqueirão, Comunidade São José, Cadeado, Colônia Samambaia, Colônia Jordãozinho, Colônia Vitória, Colônia Cachoeira e Colônia Socorro.

A região de Entre Rios, onde atua o Projeção, tem mais de 12.000 moradores e é conhecida como local de imigração suábia. No entanto, os atendidos pelo projeto são descendentes de várias etnias, como africanos, quilombolas, tropeiros, indígenas e brancos. Muitos vieram para a região em busca de trabalho nas fazendas, no reflorestamento e na cooperativa, mas pela baixa escolaridade acabaram permanecendo no mercado informal, desempregados, trabalhando por pequenos valores ou vivendo de “bicos”. A comunidade local é marcada por grandes contrastes sociais; onde uns têm muito e muitos têm pouco ou nada. A região de atuação do Projeção desenvolveu-se nas proximidades da Cooperativa Agrária que tornou-se um bolsão de pobreza e reduto de uso de drogas e de criminalidade.

Muitas famílias da região enfrentam sérias dificuldades financeiras, mas, no caso das famílias monoparentais chefiadas por mulheres, que representam a grande maioria, soma-se à questão da pobreza um problema adicional, já que essas mães ausentam-se o dia inteiro para poder trabalhar e, dessa forma, veem-se obrigadas a deixar seus filhos sozinhos, o que favorece a permanência deles por longos períodos na rua, sem o seu consentimento ou conhecimento.

Outra situação comum gerada pelas dificuldades financeiras das famílias é o trabalho infantil, seja em fazendas, na companhia dos pais, seja por conta própria, ajudando caminhoneiros, ou realizando outras atividades quaisquer, o que os afasta da educação formal, impossibilitando de terem uma formação adequada para conseguirem um trabalho melhor.

Outro problema social gerado pelas dificuldades financeiras e pelas possibilidades é a violência sexual infantil. A grande circulação de caminhões e caminhoneiros nas redondezas da cooperativa, do Projeção e nas vilas próximas em função do transporte de grãos da cooperativa, favorecem a violência sexual infantil.

Além disso, é comum as crianças e adolescentes, principalmente as meninas, terem a iniciação sexual por volta dos 12 anos de idade. Muitas delas “casam” por volta dos 13, 14 anos abandonando a escola e outras tantas se tornam mães “sozinhas” antes de concluírem o ensino fundamental. Junto a todos esses problemas somam-se a violência na família, na escola e na rua, o uso de drogas, a ociosidade, as notas baixas, a dificuldade de ler, escrever, realizar cálculos e a repetência escolar. Portanto, são muitas as frentes de abordagens possíveis para solucionar a condição de vulnerabilidade social destas famílias, crianças e adolescentes.

A entidade acompanha atualmente em torno de 273 famílias tendo em média 4 moradores por domicílio. Das famílias atendidas, 75 encontram-se em situação de extrema pobreza, com renda per capita inferior a R$ 70,00 reais mensais; 117 famílias em situação de pobreza, com renda per capita de até R$140,00 reais mensais e 81 famílias com renda per capita superior a R$ 140,00 reais mensais. O resultado dessas dificuldades econômicas tem reflexo direto nas condições de moradia, que, em grande parte, são irregulares, com financiamentos abandonados, sem saneamento básico e sem acesso à energia elétrica e à água encanada.

Outra situação comum nas famílias é a violência doméstica. No destacamento da Polícia Militar são registradas de 3 a 5 denúncias mensais de violência contra mulher, no entanto, o número é maior, pois as vítimas atendidas pela entidade dificilmente denunciam o agressor, passando a denúncia ser realizada pelo técnico atendente no Disque 100.

Outra situação peculiar é a escolarização das mulheres. Elas, em sua maioria, constituíram família quando ainda muito jovens e abandonaram a escola, muitas delas até mesmo sem saber ler e escrever. Já os homens, para conseguir um trabalho na cooperativa, acabaram estudando por mais tempo. No entanto, com os casamentos desfeitos e sem receber ajuda para sustentar os filhos, as condições econômicas das mulheres ficam limitadas às poucas oportunidades de trabalho que não exigem escolarização.

Grande parte das famílias atendidas pelo Projeção é assistida pelo Programa Bolsa Família e algumas delas ainda são participantes do Programa de Distribuição de Alimentos do Mesa Brasil do SESC.

 

Crianças em situação de risco são aquelas marcadas pela pobreza estrutural, característica de uma sociedade com profundas divisões de classe e de iníqua distribuição de riqueza. As crianças em situação de risco vivem situações de exclusão social, educacional e de cidadania determinadas também pelas desigualdades sociais, regionais e raciais[1].

 

Atualmente o Projeção consegue atender apenas 35% dos adolescentes em situação de vulnerabilidade, que deveriam e poderiam estar participando de atividades no contraturno escolar. Com relação ao atendimento das crianças a porcentagem de atendimento do Projeção é ainda menor, representando em torno de 15%. Ainda temos muitas crianças, adolescentes e famílias que precisam ser ajudados e amparados em suas dificuldades e isso só é possível por meio de um atendimento mais efetivo e espaço onde possam desenvolver habilidades sociais e sejam orientados para a construção de um projeto de vida. O trabalho já desenvolvido revela que muitas famílias e adolescentes encontram-se fragilizados e que, se tivessem o apoio necessário para sua organização social e psicológica, muitos problemas poderiam ser evitados.brasileira, Art. 227)

 O Projeção atende crianças e adolescentes de 9 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social (permanência na rua por longos períodos, ociosidade, prostituição, uso de drogas, violência, trabalho infantil) oriundos das famílias em situação de vulnerabilidade e risco social.

A escolaridade dos atendidos vai do quarto ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, muitos deles com distorção de série frequentada com relação à idade. Segundo dados do IPARDES de junho 2012 (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) no município de Guarapuava a distorção de idade-série no ensino fundamental é de 16,7% em média, sendo que, nos anos iniciais (1ª a 4ª série e/ou 1° a 5º ano) é de 10,3 %, nos anos finais (5ª a 8ª série e/ou 6º a 9º ano) é de 23,8%, e, no ensino médio, é de 22,5 %. No entanto, na realidade local, a porcentagem de distorção é ainda maior. Outro problema local, com relação ao ensino público, refere-se à qualidade na educação. O único Colégio Estadual da região, que atende alunos a partir do 5º ano, está entre os colégios com os mais baixos índices na qualidade da educação no Estado do Paraná, seu IDEB no ano de 2011 é de 3.8 e de cada 100 alunos 18 foram reprovados. Com relação ao indicador de aprendizado (média do desempenho dos alunos em português e matemática na Prova Brasil) alcançou apenas 4.65 pontos o que representa uma queda de 5% em relação ao ano de 2009 e uma queda também com relação a 2005 quando o indicador alcançou 4.70 pontos. Somam-se a isso as faltas frequentes de professores, seja por atestados médicos, seja pela inexistência de profissionais disponíveis para lecionar as matérias.  

 

 

3.2 CONTEXTO GERAL

 

Há sinais de mudanças, no contexto mundial, na América Latina, no Brasil, na região de Entre Rios. Identificar de forma coletiva estes sinais é fundamental no processo de planejamento. Afetamos e somos afetados por aquilo que acontece em Entre Rios tanto quanto por aquilo que se dá no outro lado do planeta. Ao fazermos este exercício de diagnóstico amplo acabamos reconhecendo a interdependência que existe entre pessoas e instituições.

Diante da diversidade cultural, étnica e socioeconômica que se apresenta, os valores “velhos” estão morrendo e os novos ainda não nasceram. Existe um consumismo exacerbado e não se questiona mais a real necessidade de se possuir algo. A sociedade de um modo geral só pensa no eu. O individualismo é a forma que rege a sociedade. Fazemos parte deste mundo que está aí, um mundo de incertezas, onde nada é feito para durar e isso tem reflexo inclusive nos nossos relacionamentos, que estão impedidos de se solidificar. Mantemos nossos objetos e nossas relações enquanto eles nos trazem satisfação e, quando eles não atendem mais os nossos desejos, os substituímos por outros. Substituímos qualidade por quantidade. Privilegiamos alguns sentidos, em detrimento de outros. O consumismo nos faz acreditar que, para cada problema, existe uma solução que pode ser comprada. Existe uma obsessão pelo corpo perfeito, onde todos os elementos do corpo são objeto da moda. Há uma inversão de valores ou mesmo a ausência deles, onde não apenas pessoas precisam ser o centro das atenções, mas onde a grande multidão precisa de pessoas que estejam no centro das atenções. Na ausência de líderes, pais, professores e guias, a grande multidão toma as celebridades como exemplo e modelo.

Pautamo-nos no ganhar sempre, no levar vantagem, no fazer com interesses. Não existe gratuidade de fato e a dádiva está em segundo plano. A verdadeira dádiva é um gesto socialmente espontâneo. É uma longa aprendizagem voluntária, exercita a ausência do ter e faz pelo SER.

A oferta externa de opções para nossos adolescentes é ampla e temos que tornar nosso “produto” o mais atrativo. Nesta crise existencial, de valores, de tudo, os adolescentes se sentem perdidos e abandonados. A crise está longe de terminar e nos obriga a mudar a forma com que vivemos. A crise é agente de mudanças, e não são as crises que mudam o mundo e sim as nossas relações com elas. Nossos ancestrais falavam de progresso, de viver cada dia melhor. Nós entendemos como progresso um carro em movimento do qual podemos ser lançados fora. 

A internet nos deixa conectados com o mundo, mas desconectados da realidade. É mais fácil e menos arriscado ter relacionamentos online do que enfrentar a realidade e ter relações com pessoas que tem defeitos e qualidades, que choram e que sofrem. Entretanto, essa aparente facilidade cobra um preço: a perda das habilidades sociais e de convivência. Temos dificuldade de lidar com as relações. Por outro lado temos problemas porque deixamos de ser seres críticos e pensantes. Não é a falta de conhecimento, mas o que fazer com este conhecimento, é falta de consciência. Entendemos que o educador não deve ser um mero reprodutor de ideias e conhecimentos, mas ter uma visão crítica.

Temos que aprender a trabalhar com o nosso público sem que os beneficiados percam sua identidade. Muitas vezes trabalhamos muito superficialmente, olhando o contexto de fora e tentando resolver problemas que enxergamos. Mas quando trabalhamos mudanças internas é que haverá mudanças externas. No contexto local percebe-se um preconceito de ambos os lados. Dos ricos em relação aos pobres e dos pobres em relação aos ricos. As favelas são as pessoas excluídas para quem o Estado não tem nada a oferecer e se exime ainda mais quando este povo se articula e constroem os seus barracos de qualquer forma, sem a ajuda do governo. As relações entre a polícia e o tráfico de drogas aumentam ainda mais o estigma da favela como local de violência e ao mesmo tempo contribuem para a manutenção do atual sistema de poder no Brasil. Procuramos constantemente soluções individuais para conflitos coletivos. As classes “educadas”, os intelectuais não se responsabilizam mais para com o povo, a nação e a humanidade.

Com relação aos saberes necessários à educação, temos como primeiro aspecto o conhecimento. Nunca se ensina o que é conhecimento, porque conhecimento é reflexo da realidade. É sempre uma tradução seguida de uma reconstrução e isso depende do lugar/espaço que estou, de onde eu venho. O segundo aspecto ressaltado é o conhecimento pertinente, que não mutila o seu objeto. Isso não diz respeito à quantidade de informação, mas sim à capacidade de colocar o conhecimento no contexto, sem esquecer de colocar os aspectos humanos, como os sentimentos. Não se pode conhecer o todo sem conhecer as partes e não se pode conhecer as partes sem conhecer o todo. Outro aspecto é a identidade humana ignorada pelos programas de instrução. Somos indivíduos de uma sociedade e fazemos parte de uma espécie. Ao mesmo tempo em que fazemos parte da sociedade, temos a sociedade como parte de nós. Nossa missão não é mais conquistar o mundo, mas civilizar o planeta em que vivemos. A vida não é apreendida apenas nas ciências formais, mas com a literatura, a poesia e as telenovelas. O quarto aspecto é a compreensão humana que essencialmente não é uma ciência ensinada. A compreensão humana vai além da realidade, ela comporta uma parte de empatia e identificação, isso significa sofrer junto, ter compaixão e sua grande inimiga é a falta de preocupação em ensiná-la. Neste ponto o importante não é só compreender os outros como também a si mesmo; a necessidade de autoexaminar-se, de analisar a autojustificação. Outro aspecto é a incerteza, apesar de nas escolas ensinarem-se apenas as certezas. Há uma necessidade de ensinar a atitude que se toma quando uma ação é desencadeada e escapa ao desejo e intenções daquele que a provocou. O inesperado sempre acontecerá, porque não temos futuro e não temos certeza nenhuma do futuro. O sexto aspecto é a condição planetária que nos mostra que tudo está conectado, mas há uma quantidade de informações que não conseguimos processar e organizar. Temos um destino comum e não há uma articulação efetiva que dê conta das ameaças. É necessário ensinar que não é preciso apenas reduzir a complexidade dos problemas, mas que estão todos interligados. Em sétimo lugar está a antropoética, definida pelo social, individual e genético (espécie). Cabe ao ser humano desenvolver a ética e autonomia pessoal. Isso tudo implica em um urgente repensar e refletir sobre a ação do ser humano enquanto espécie e indivíduo. Tudo deve estar integrado para uma mudança de pensamento, que passará de uma visão fragmentada que impede de ver a realidade (e por isso faz com que os problemas permaneçam invisíveis) para uma concepção sistêmica do mundo.

 

 

3.3 RELAÇÃO COM A COMUNIDADE

 

 

A comunidade é muito envolvida com o PROJEÇÃO, e muitas mães de atendidos auxiliam no preparo da alimentação servida aos mesmos. São em torno de 10 mães por semana.

Temos ainda adolescentes que foram atendidos Projeção e que passaram a ser voluntários em oficinas e contamos com muitos voluntários da comunidade quando da promoção de eventos para arrecadação de recursos. Além disso, há grande participação dos pais em reuniões, representando em média 50% dos atendidos, o que mostra a importância que a entidade tem para a comunidade. Nessas reuniões (assim como por ocasião das matrículas) os pais são estimulados a dar sua opinião sobre o trabalho desenvolvido e também a apresentar sugestões de melhoria.

A partir das sugestões colhidas das famílias é que surgiu a necessidade de ampliação do atendimento e a partir de conversas informais com os atendidos, conseguimos detectar as áreas de interesse. Ainda nas conversas informais com os adolescentes, crianças e famílias, principalmente com as meninas, é que se conseguiu detectar a problemática da exploração sexual infantil.

Durante as visitas são identificados os problemas, as demandas, e as áreas de interesse das famílias. A procura por vagas demonstra o interesse de pais e responsáveis e a importância do trabalho realizado pela entidade.

A entidade procura envolver a comunidade em todas as suas atividades e não apenas crianças e adolescentes são beneficiados pelo PROJEÇÃO, mas também as famílias e toda a comunidade. A meta é fazer com que a comunidade, crianças, adolescentes e famílias usem o espaço da entidade todos os dias da semana.

 

 

 

4.DEFINIÇÕES:

 

  1. 1Lema:

Juntos podemos fazer a diferença!

 

  1. 2Missão:

Contribuir para o desenvolvimento integral e promover a garantia de direitos de crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social.

 

  1. 3 Visão:

Ser uma instituição de referência no atendimento social a crianças e adolescentes na região centro-sul do Paraná.

 

  1. 4 Princípios:
  • Ética,
  • Respeito,
  • Compromisso,
  • Comprometimento,
  • Humildade,
  • Atitude e
  • Honestidade.
  1. OBJETIVOS
  2. 1 Geral
  • Promover a garantia dos direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, afastando-os dos locais de risco e ocupando seu tempo ocioso com oficinas pedagógicas, complementação escolar e orientação para o trabalho.

 

  1. 2 Específicos
  • Promover o bem-estar, proteção, participação, melhora no desempenho escolar e ocupação do tempo ocioso de crianças e adolescentes por meio de oficinas, atividades recreativas, pedagógicas, esportiva, culturais e artesanais.
  • Fortalecer os vínculos familiares e a resiliência de crianças e adolescentes e estreitar os laços entre as famílias, crianças, adolescentes e Projeção.
  • Promover a não-violência, prevenção e combate à exploração sexual infantil e ao trabalho infantil. 

 

  1. PROFISSIONAL: (como deve ser o profissional que atua no Projeção)
  • Ser e estar informado,
  • Ter formação adequada para a função,
  • Ser comprometido, principalmente com a visão e missão da instituição, com a causa social e com seu crescimento pessoal,
  • Ter serenidade,
  • Ter paciência,
  • Ser ético, responsável e profissional.

 

  1. AS DIMENSÕES DO PROJEÇÃO

Administrativa, comunitária e pedagógica são as três dimensões fundamentais do Projeção, que devem ser fortalecidas e executadas nos próximos 5 anos.

 

7.1 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

  1. Gestão financeira: o trabalho deve ser mais efetivo, intenso e atingir mais adolescentes; reduzir o custo/valor do atendimento individual; gestor deve ser participativo, comprometido; ter um banco com sugestões de doações esperadas.
  2. Gestão de projetos: setorizar por áreas; planejar com antecedência; ter anteprojetos definidos, capacitar a equipe para captar recursos.
  3. Recursos financeiros: aumentar e diversificar a captação de recursos externos e internos por meio de projetos, eventos e promoções com vistas a diminuir a dependência do recurso do FIA.

Metas: 2013 80% FIA e 20% outros

             2014 70% FIA e 30% outros

             2015 60% FIA e 40% outros

             2016 50% FIA e 50% outros

             2017 40% FIA e 60% outros

  1. Convênios: continuar a celebração de convênios (Sesi, Sesc, Senac, faculdades) para oferta de cursos profissionalizantes com vistas à capacitação dos adolescentes ao mercado de trabalho.
  2. Voluntários: ofertar vale-transporte quando necessário/viável; aumentar o número de parcerias com Instituições de Ensino Superior (estagiários, suporte técnico), Sesi, Sesc, Senac, entre outras. Planejar oficinas e demandas para que possam ser abertas possibilidades de voluntariado conforme as necessidades do Projeção.
  1. Estrutura de lazer: recuperar área externa, resolver o problema da entrada do Projeção, cercar a área, colocar bancos e mesas externas, arborizar o pátio, ter um projeto de jardinagem.
  2. Estrutura física/manutenção: colocar central telefônica, colocar todos os computadores em rede; mudança de espaços/salas tendo em vista um melhor aproveitamento de espaço e um trabalho mais efetivo como equipe.
  3. Marketing: implantar um sistema de marketing com ações sistemáticas e constantes; alimentar blog, site, boletins informativos, atrair mais parceiros locais; ações e ou correspondências de agradecimento, mandar cartões de aniversários para doadores e voluntários.
  4. Acervo histórico: organizar um acervo histórico e criar sistema para catalogar as atividades desenvolvidas/promovidas.
  5. Relação interserviços: desenvolvimento de procedimentos responsáveis e cuidados com relação aos materiais utilizados em oficinas/atividades.
  6. Postura dos funcionários: relações sadias e humanizadas; linguajar cuidadoso e adequado ao ambiente; incluir no regimento interno item sobre sigilo e ética do funcionário (código de postura); incentivar a realização de eventos sociais entre os funcionários.
  7. Critérios de contratação de pessoal: para as áreas ligadas diretamente à educação, admissão apenas com ensino superior completo ou em curso, desde que em área afim; curso superior completo para coordenação;
  8. Capacitação: visitar e conhecer outros projetos sociais; incentivo à formação específica externa (oficineiros); participação em cursos/palestras e eventos afins.
  9. Sábado em esquema de plantões por escala.
  10. Política salarial: política salarial documentada.

 

7.2 DIMENSÃO COMUNITÁRIA

  1. Famílias: provocar a maior adesão e participação em programas, reuniões, palestras, eventos e elevação da participação do número de familiares nestas atividades.
  2. Conselhos de Direitos: manter um bom relacionamento com os conselhos e manter representantes nos mesmos.
  3. Outras organizações: integração do Projeção com outras organizações diversas; integração entre projetos sociais (adolescentes e equipe); capacitação conjunta com outros atores sociais.
  4. Igrejas: procurar manter parcerias com as comunidades religiosas, realização de momentos de espiritualidade convidando os ministros das instituições religiosas para apoio e orientação. 
  5. Escola: Melhorar a integração entre escolas e Projeção; maior integração entre educadores e professores; coordenação pedagógica do Projeção deve participar mais da vida escolar; realizar atividades em conjunto com os colégios D. Pedro e Imperatriz D. Leopoldina;  motivar alunos do Colégio Imperatriz D. Leopoldina fazerem trabalho voluntário no Projeção. (Fazer projeto)
  6. Comunidade local: divulgar a natureza do trabalho do Projeção; realização de várias atividades abertas – Noitada Cultural, Isto é Projeção, gincana, torneios, feiras, cursos; ampliar o acesso da comunidade ao Projeção; sempre que possível priorizar moradores locais na contratação de novos funcionários.

 

7.3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA

  1. Acolhida dos adolescentes: Os atendidos devem ser acolhidos pelos oficineiros e/ou equipe promovendo a integração, o bem-estar e a participação em todas as atividades e nas oficinas.
  2. Oficinas: Todas as atividades e oficinas devem ter como objetivo a garantia de direitos, promover a cultura de PAZ e não violência e promover a cidadania. Ter variedade diária na oferta de oficinas com número adequado de participantes; ter oficineiros qualificados; incluir oficinas permanentes de teatro, e/ou que trabalhem temas diversos como: cidadania, projeto de vida, preconceito, perigos da internet, etc.; usar a quantidade de faltas como um dos indicativos de mudanças nas oficinas; fornecer certificado de participação das oficinas a cada final de ano para adolescentes com presença superior a 75%; ter material suficiente disponível; todas oficinas com relatório de planejamento/avaliação e manter o diário das oficinas. Organizar a compra de materiais para duas compras anuais.  
  3. Relação entre educador com os adolescentes: relação deve ser respeitosa, de diálogo, de confiança e segurança, sem preconceitos, afetuosa, carinhosa e de empatia; temos de afirmar aos adolescentes que estes são portadores de direitos e que somos fiadores dessas garantias; não serão aceitos castigos como forma de disciplinamento.
  4. Relação com as famílias: sempre manter contato com a família, conhecer a família; integrar cada vez mais a família à vida do adolescente no Projeção;
  5. Reuniões: Reunião geral de educadores semanais de caráter formativo e planejamento. Reunião trimestral com pais e famílias.
  6. Relação entre adolescentes: respeito mútuo; respeito pelas diferenças de gênero (emancipação feminina); respeito racial; respeito pela diversidade sexual; fortalecer as relações de amizade e coleguismo.
  7. Relação entre coordenação e adolescentes: manter acesso facilitado e tempo disponível; manter adolescentes informados sobre alterações no funcionamento do Projeção; reuniões sistemáticas com adolescentes.
  8. Relação da coordenação com os funcionários: manter acesso facilitado; sinceridade recíproca.
  9. Regimento interno: construir o regimento interno de forma coletiva.
  10. Projetos: desenvolver projetos específicos para alcançar os objetivos propostos pelo Projeção.
  11. Escolarização: todos adolescentes devem frequentar a escola para participar do Projeção, exceções serão avaliadas pela equipe; criar/provocar a criação de alternativas para a defasagem escolar; ter reforço permanente para os adolescentes com dificuldades de aprendizagem.
  12. Atendimento especializado: sempre que necessário ou possível encaminhar para avaliação especializada.
  13. Espiritualidade: respeito à diversidade religiosa; macroecumenismo; promover a frequência em celebrações.

 

  1. PROGRAMAS

Os programas definidos como integrantes deste Projeto Político Pedagógico são o atendimento educativo e pedagógico, o acompanhamento familiar, a gestão, a integração comunitária e a formação. Cada programa é composto por operações que buscam dar resposta às questões apontadas pelas diferentes dimensões da Instituição e cada operação tem ações que estarão especificadas nos planos operacionais a serem elaborados anualmente.

  1. PROGRAMA DE ATENDIMENTO EDUCATIVO E PEDAGÓGICO

 

  1. Manter um bom funcionamento do Projeção e desenvolvimento das atividades.
  • Observar e ficar atento às necessidades dos adolescentes, crianças e famílias.
  • Permitir que os adolescentes, crianças e famílias participem das discussões.
  • Propor atividades com e para os adolescentes sempre que estiverem ociosos.
  • Não permitir que adolescentes saiam do Projeção antes do término do horário estabelecido.
  • Ampliar o horário de atendimento para 4 horas no período da manhã e 4 horas no período da tarde.
  • Quando constatado problema de comportamento, chamar o adolescente para conversar e fazer acompanhamento sistemático. Em caso de não solução chamar os pais e conversar com os mesmos.
  • Organizar e divulgar agenda anual de atividades internas e abertas para a comunidade.
  • Realizar planejamento anual e ou mensal, definindo objetivos, metodologia, metas, estratégias e cronograma de atividades.
  • Organizar acervo de atividades (fotos, registros, diários, relatórios).
  • Dialogar com os adolescentes, crianças e famílias.
  • Realizar contato familiar sempre que necessário.
  • Realizar visitas familiares sempre que necessário.
  • Orientar os adolescentes, crianças e famílias.
  • Pesquisar histórico familiar.
  • Valorizar experiências pedagógicas e sociais significativas.

 

  1. Promover o desenvolvimento de oficinas
  • Manter oficinas de esportes, atividades manuais, reforço escolar, atividades culturais (teatro, dança, música); temas transversais e grupos de convivência.
  • Manter no mínimo 100 oficinas semanais.
  • Manter a obrigatoriedade dos diários de oficinas.
  • Verificar diariamente presenças das oficinas e conversar com quem falta.
  • Educador organizar seus materiais, ambiente de trabalho e deixar limpo após o uso.
  • Despertar nos assistidos/usuários desejo para mudar de vida.
  • Criar vínculos.
  • Resgatar autoestima, apontar alternativas, despertar aptidões e habilidades.
  • Realizar atividades sócio-educativas.
  • Desenvolver dinâmicas de grupo e jogos cooperativos.
  • Sugerir mudanças de comportamento.
  • Realizar atividades artísticas.
  • Realizar atividades de lazer e cultura (internas e externas).
  • Realizar atividades recreativas e esportivas, pedagógicas e lúdicas.
  • Realizar reuniões para avaliação dos assistidos/usuários.
  • Fazer registros fotográficos das oficinas e atividades realizadas.

 

  1. Promover o ensino profissionalizante
  • Encaminhar adolescentes ao mercado de trabalho.
  • Buscar e estabelecer parcerias para a implantação de cursos de profissionalizantes conforme a demanda e interesse dos participantes do Projeção, além de cursos como: postura, redação, relacionamento pessoal/interpessoal, atendimento ao público, etc).
  • Implantar um banco de dados de currículos e ou habilidades dos adolescentes para que possam ser encaminhados ao mercado de trabalho.
  • Estabelecer parcerias com empresas que oferecem vagas para adolescentes e implantar um banco de vagas.

 

  1. Realizar palestras e atividades externas e internas
  • Realização de um retiro anual de adolescentes.
  • Realização de celebrações (Natal, Páscoa, dia das mães, dia dos pais).
  • Eventos especiais (festa junina, dia das crianças, encerramento).
  • Atividades culturais (noite dos talentos, noitada cultural, Isto é Projeção).
  • Realizar pelo menos duas palestras para adolescentes durante o ano.
  • Planejar, propor e realizar eventos/campanhas ligados às atividades educativas.

 

  1. Promover a espiritualidade
  • Incentivar a realização de encontros voltados para a vivência da espiritualidade.
  • Realizar momento de reflexão antes do início das atividades.

 

  1. Garantir que os atendidos tenham sucesso escolar
  • Auxílio diário nas tarefas escolares antes das oficinas.
  • Manter oficinas permanentes de reforço escolar.
  • Orientar os pais quanto à importância dos estudos e da realização das tarefas escolares (nas reuniões).

 

  1. Garantia de direitos
  • Garantir direitos de adolescentes, crianças e famílias baseando-se em leis já existentes como Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS).
  • Identificar direito violado.
  • Denunciar situação de risco.

 

  1. Orientação educacional e vocacional
  • Realizar a orientação pedagógica dos adolescentes e executar tarefas específicas de orientação, relacionamento e integração.
  • Prestar atendimento individual ou em grupo com vistas à orientação educacional e vocacional.

 

  1. Biblioteca
  • Aquisição de livros, DVDs, revistas e jogos educativos.
  • Deixar a biblioteca organizada.
  • Facilitar o acesso à biblioteca.
  • Controlar a entrada e saída de livros.
  • Pesquisar e ou elaborar materiais educativo-pedagógicos (dinâmicas, temas, brincadeiras e jogos).

 

  1. Secretaria
  • Realizar matrículas.
  • Organizar e elaborar listas de chamadas geral e por oficinas.
  • Elaborar ofícios e declarações.
  • Elaborar/ enviar e receber/arquivar correspondências. 
  • Fazer lista de inscrições para eventos/cursos.
  • Criar folhas para controle de telefone e saídas.
  • Receber atestados dos adolescentes e arquivar.
  • Fazer relatório de controle de estoque de merenda e encaminhar.

 

  1. Coordenação Pedagógica
  • Elaborar relatórios de atendimento e acompanhamento quando solicitado.
  • Acompanhar o desempenho escolar e faltas escolares de cada um dos participantes do Projeção, e conversar com pais e adolescentes para solucionar os casos complicados.
  • Participar de reuniões nas escolas e colégios.
  • Acompanhar sistematicamente as oficinas principalmente de reforço escolar e propor mudanças quando necessário.
  • Elaborar relatório de avaliação anual de cada uma das oficinas individualmente e propor alterações/mudanças, quando viável e necessário.
  • Solicitar aos oficineiros (voluntários e funcionários) uma avaliação oral ou escrita sobre sua/s oficina/s, dificuldades, alegrias.
  • Elaborar relatório anual de gastos de cada oficina. (quantidade e valores de materiais usados).
  • Orientar e supervisionar quanto à correta utilização de materiais educativos e de oficinas evitando o desperdício.
  • Assessorar a equipe técnico-pedagógica no planejamento, desenvolvimento, avaliação e aperfeiçoamento de atividades educativas.
  • Marcar e realizar reuniões com a escola, conselho tutelar ou outros interessados com relação às questões escolares, de aprendizado e de comportamento.
  • Planejar e realizar reuniões pedagógicas com pais e equipe de trabalho.
  • Realizar atividades e ou palestras educativas para adolescentes e pais.
  • Ligar para as famílias no que diz respeito a faltas nas oficinas, atrasos, etc.
  • Assumir ou encaminhar oficinas e ou atividades na ausência do voluntário/funcionário. (não dispensar os adolescentes).
  • Administrar a demanda por vagas e oficinas.
  • Acompanhar o desenvolvimento das oficinas juntos com os voluntários e equipe.
  • Administrar e minimizar conflitos internos, entre voluntários e adolescentes e equipe.
  • Possibilitar a realização de avaliação pelos pais e adolescentes.
  • Elaborar/organizar campanhas educativas definidas pela equipe de trabalho.
  • Propor e auxiliar na elaboração de Projetos.
  • Realizar orçamentos de materiais para oficinas e orçamentos diversos.
  • Controlar estoques, entradas e saídas de materiais.

 

  1. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR

 

  1. Visitas familiares
  • Realizar pelo menos uma visita semestral para cada uma das famílias atendidas pelo Projeção. (+/-2 visitas por dia).
  • Fazer estudo de caso e acompanhamento sistemático de no mínimo 4 famílias por ano.

 

  1. Orientação a famílias e adolescentes
  • Orientar a população atendida pelo Projeção, os indivíduos, famílias, grupos e a comunidade; esclarecer dúvidas, orientar sobre direitos e deveres, acesso a direitos instituídos, sobre rotinas da instituição, sobre serviços e recursos sociais, ensinar sobre a otimização dos recursos; fornecer orientação social e fazer encaminhamentos da população atendida pelo Projeção aos recursos da comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços sócio-assistenciais;
  • Identificação e busca ativa das famílias com necessidades mais extremas para serem atendidas pelo trabalho do Projeção. 
  • Pesquisar a realidade social dos usuários do Projeção/ABSER, realizando estudo socioeconômico da população, perfil, interesses, características e compilar, organizar, tabular e difundir dados com o objetivo de implantar e realizar o atendimento social em projetos sociais específicos e interdisciplinares.
  • Realizar avaliação/seleção socioeconômica, quando for o caso, de usuários para as vagas disponíveis, tanto para as atividades/oficinas do Projeção, quanto para a participação em programas e projetos, a partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de qualidade social; e nem o direito de acesso universal ao atendimento.
  • Planejar, organizar, divulgar e implantar atividades, cursos, palestras e reuniões na perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos, para o público atendido pela instituição.
  • Intensificar a relação instituição/família, objetivando uma ação integrada de parceria na busca de soluções dos problemas que se apresentarem.
  • Propor, planejar, executar e divulgar atividades que estreitem laços entre as famílias/adolescentes e Projeção.
  • Realizar atividades específicas com adolescentes, individuais ou em grupo para auxiliar na identificação de demandas sociais e na perspectiva da garantia de direitos.
  • Facilitar e encaminhar a realização do grupo de mulheres.

 

  1. Suporte técnico de serviço social para a equipe
  • Auxiliar e subsidiar (de ferramentas e dados sociais) a coordenação da instituição na elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico, regimento interno e planejamento estratégico.
  • Participar, coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à política de atendimento institucional e nos assuntos concernentes à política de Assistência Social;
  • Propor, coordenar, ministrar e avaliar treinamentos na área social.
  • Participar e coordenar grupos de estudos, equipes multiprofissionais e interdisciplinares relacionados à área de serviço social.
  • Participar de comissões técnicas e conselhos municipais, estaduais e federais de direitos e políticas públicas de interesse da ABSER/Projeção.

 

  1. Registros e pareceres do trabalho com as famílias
  • Realizar perícia, laudos e pareceres técnicos e relatórios relacionados à matéria específica da Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado;
  • Planejar e desenvolver pesquisas para análise da realidade social e para encaminhamento de ações relacionadas a questões que emergem do âmbito de ação do serviço social.
  • Junto com a coordenação redigir relatórios para os conselhos e manter as inscrições nos mesmos.
  • Elaborar relatórios.
  • Redigir ofícios.
  • Deixar prontuários familiares sempre preenchidos.
  • Registrar atendimentos.
  • Formular questionários e entrevistas.

 

  1. PROGRAMA DE GESTÃO

 

  1. Equipe de trabalho
  • Cumprir o integralmente horário de trabalho proposto pela entidade.
  • Executar tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função.
  • Executar tarefas correlatas ao cargo e/ou determinadas pelo superior imediato.

 

  1. Mensuração dos resultados do trabalho
  • Quantidade e qualidade de atendimentos.
  • Quantidade e qualidade de permanência em horas no Projeção. 
  • Quantidade e qualidade de oficinas.
  • Quantidade e qualidade de visitas familiares.
  • Quantidade de palestras, atividades externas, eventos, etc.
  • Quantidade de adolescentes encaminhados ao mercado de trabalho.
  • Quantidade de participantes e concluintes de cursos profissionalizantes.

 

  1. Marketing
  • Atualizar blog e redes sociais
  • Implantar e atualizar o site
  • Confeccionar boletins informativos.
  • Elaborar cartazes e informativos internos e externos.
  • Elaborar um plano/projeto de marketing (jornal, site, comunicação doadores, divulgação de eventos/atividades).
  • Elaborar/Enviar cartões de aniversário para ABSER/conselho social e voluntários.
  • Elaborar e enviar cartas de agradecimento a doadores e voluntários.

 

  1. Coordenação geral
  • Supervisionar e avaliar a execução dos convênios já existentes e propor novas parcerias.
  • Controlar cartão ponto e horários
  • Receber atestados médicos funcionários
  • Realizar reuniões com a equipe de trabalho
  • Realizar reuniões com ABSER
  • Realizar reuniões com o Conselho Social
  • Pesquisar possibilidades de direitos a isenções fiscais

 

  1.  Garantir a sustentabilidade da instituição
  • Elaboração de projetos para editais de financiamento e desenvolvimento de projetos (encaminhamento, execução e prestação)
  • Buscar outras/novas fontes de financiamento.
  • Desenvolver o Programa de Voluntariado
  • Buscar doadores permanentes.
  • Realizar eventos sociais anuais que visem a angariar recursos.
  • Reorganizar os gastos para uma melhor aplicação dos recursos.
  • Diminuir o custo por atendimento.

 

  1.  Garantir uma boa estrutura física e de lazer
  • Arrumar área externa do Projeção (frente, entrada, espaço externo, jardinagem)
  • Fazer projeto para a construção de um ginásio esportivo.
  • Otimizar espaços internos.
  • Colocar placas nas portas.
  • Fazer reformas quando necessário.

 

  1.  Gestão democrática
  • Reuniões semanais com a equipe geral de trabalho.
  • Divulgar internamente informações administrativas e projetos.
  • Regularizar o banco de horas.
  • Otimizar as reuniões de equipe, espaço para compartilhar, planejar e atualização.

 

  1. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA

 

  1. Desenvolver atividades com a comunidade
  • Divulgar a natureza do trabalho do Projeção
  • Realizar atividades em parceria com projetos locais para divulgação.
  • Realizar atividades abertas para a comunidade.
  • Promover visitas a projetos, escolas, eventos, feiras, etc.
  • Promover o dia do cinema na comunidade.
  • Sempre que possível disponibilizar o uso do espaço do Projeção para a comunidade.
  • Envolver a família em atividades no Projeção.

 

  1. Integrar redes e conselhos de direitos.
  • Participar ativamente sempre que possível e viável.

 

  1. Integrar o Projeção junto à Agrária.
  • Possibilitar a integração Projeção x PAIS.
  • Propor ações em conjunto.

 

  1. Integrar o Projeção junto às escolas, colégios e faculdades.
  • Realizar projetos em conjunto.
  • Abrir o Projeção para ações da comunidade escolar.

 

  1. Integrar o Projeção junto a comunidade religiosa.
  • Manter diálogo inter-religioso.
  • Manter parcerias para uso de espaços.
  • Convidar os ministros das instituições religiosas para apoio e orientação.

 

  1. Intensificar e buscar novas parcerias.
  • Manter contato e diálogo com outras instituições.
  • Buscar novos parceiros financeiros e técnicos.

 

 

 

  1. PROGRAMA DE FORMAÇÃO

 

  1. Desenvolver atividades de formação
  • Colaboradores participarem, conforme a política da Instituição, de projetos, cursos, eventos e programas de ensino, pesquisa e extensão.
  • Colaboradores participarem de programa de treinamento, quando convidado ou convocado.
  • Equipe observar e seguir a legislação pertinente à Criança e ao Adolescente.
  • Cada colaborador passar por processo de avaliação semestral.
  • Passar por treinamento regularmente.

 

  1. Participar de eventos
  • Colaboradores participar de todos os eventos realizados pelo Projeção/ABSER.

 

  1. Processo seletivo de colaboradores
  • Perfil compatível com a função.
  • Descrição dos cargos.
  • Avaliação psicológica.
  1. FORMA DE REALIZAR O PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO, SISTEMATIZAÇÃO E AVALIAÇÃO.

O monitoramento e a avaliação fazem parte do trabalho do Projeção e tem como objetivo fornecer informações que possibilitam tomar decisões sobre quais áreas devem ser organizadas com vistas a tornar o trabalho mais efetivo. É, portanto, uma prática reconhecidamente educativa, pois tem o propósito de compreender o processo de aprendizagem que cada participante do Projeção está percorrendo e o desempenho dos/as educadores/as, da coordenação e toda equipe de trabalho e de outros recursos que devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente no PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO pela  equipe de trabalho do Projeção, bem como os assumidos pela Associação Beneficente das Senhores de Entre Rios no estatuto social.

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato de aprender. O processo avaliativo não se encerra com este levantamento de informações, as quais devem ser comparadas com os critérios e julgadas a partir do contexto em que foram produzidas. Somente assim elas poderão subsidiar o processo de tomada de decisão quanto a que medidas devem ser previstas para aperfeiçoar o processo de trabalho, com vistas a levar os participantes a superar suas dificuldades.

Serão usados como instrumentos avaliativos: o planejamento anual de atividades, o relatório anual de atividades, o cadastro sócio econômico da família, a ficha de acompanhamento familiar. Poderão ser utilizados também fotos, reportagens ou notas em meios de comunicação e a avaliação de projetos específicos pelas financiadoras.

O processo avaliativo se dará durante as reuniões de diretoria, de educadores, professores, de pais, ou qualquer outro grupo do Projeção ou da ABSER que se reúna para tal finalidade. A avaliação realizada pela equipe se dará durante as reuniões periódicas no mínimo a cada bimestre.

A avaliação anual visa à apropriação dos avanços e limites de todo o conjunto da vida institucional ao longo de um ano de trabalho. Deverá contar, para alcançar seus objetivos, não apenas com todo o corpo funcional e as instâncias institucionais, mas também com representantes das/os beneficiárias/os, parceiras/os privilegiadas/os, colaboradores e voluntárias/os.

 

 

 

 

 



[1] VIVARTA, V. (Org.). O grito dos inocentes: os meios de comunicação e a violência sexual contra crianças e adolescentes. São Paulo: ANDI/WCF/Unicef, Cortez, 2003.